O dinheiro do acordão da Vale é fruto de um CRIME. A tragédia em Brumadinho nos levou quase 300 vidas e ainda traz sofrimento em toda a extensão do Paraopeba. O uso político desses recursos não é só antiético. É inaceitável.
Há pelo menos 4 demandas fundamentais nesse debate:
1) A GARANTIA de participação e acompanhamento efetivo da destinação desses recursos pelas pessoas atingidas a partir da criação de uma instância específica para isso . Não importa quantas audiências terão que ser realizadas. Não há agilidade que supere a necessidade absoluta de ouvir essas famílias.
2) A EXCLUSÃO do projeto do Rodoanel – que além de inconsistências técnicas e ilegalidades ambientais, apresenta impacto enorme para famílias da RMBH. Por que não investir na requalificação do Anel Rodoviário, em um programa efetivo de mobilidade para o entorno de BH?
3) ATENÇÃO e ESCUTA PRÉVIA às demandas dos povos e comunidades tradicionais e da agricultura familiar ao longo do rio Paraopeba que foram diretamente atingidos: povos ribeirinhos, agricultores familiares, as comunidades quilombolas de Pontinha, Beira Córrego e Retiro dos Moreiras e os indígenas Pataxó e Pataxó Hã-hã-hãe.
4) Ao invés de obras pontuais (que atenderão interesses eleitorais de alguns políticos), defendemos a DESTINAÇÃO de recursos para políticas de moradia, da assistência social e direitos culturais de pessoas atingidas em TODA a calha do Paraopeba e regiões mais vulneráveis do estado.
Essa é a defesa que nosso mandato vem fazendo, ao lado de atingidos, movimentos sociais e dos mandatos comprometidos com a luta. Estivemos em audiência na Assembleia de MG na última 6ª a convite da deputada Beatriz Cerqueira e temos apoiado a apresentação de emendas ao PL do Acordo, para a exclusão do rodoanel da proposta e a regularização fundiária de comunidades atingidas.
Agora precisamos de toda ajuda para amplificar essas demandas, pessoal! Bora ajudar a divulgar!